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Muitas pessoas não sabem que a emissão de gases por empilhadeiras oferece aos colaboradores um grande risco para a sua saúde.
As empilhadeiras são ferramentas extremamente úteis para a movimentação de cargas em armazéns, porém apresentam alguns perigos durante o manuseio, como:
- manobras: esse equipamento não se move da mesma maneira que um carro,
- pontos cegos: a carga que está sendo carregada pode criar pontos cegos ao operador,
- estabilidade da carga: cargas elevadas acarretam na instabilidade do equipamento,
- velocidade: empilhadeiras com muitas cargas podem causar acidentes, mesmo em baixas velocidades,
- combustível: operações de reabastecimento e recarga são particularmente perigosas.
Além disso, tanto as empilhadeiras elétricas quanto as de combustão apresentam riscos relacionados à emissão de gases que podem ser prejudiciais à saúde dos colaboradores ou, até mesmo, causar explosões.
Ficou interessado no assunto? Continue lendo e saiba mais sobre a emissão de gases por empilhadeiras!
Emissão de gases por empilhadeiras a combustão
As empilhadeiras movidas a GLP, diesel ou gasolina emitem monóxido de carbono durante a sua operação.
Quando empilhadeiras são utilizadas dentro de salas fechadas forma-se uma atmosfera com alta concentração de CO, apresentando um risco de intoxicação ao operador e às pessoas presentes no ambiente.
Por isso, a NR-11 prevê a proibição de máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados.
Segundo estudos, a produção de CO em uma empilhadeira nova movida a GLP corresponde a cerca de 0,5% do seu escapamento (5.000 ppm).
Uma empilhadeira com manutenção frequente e adequada, por sua vez, não deve produzir mais de 1% (10.000 ppm) de seu escapamento.
Já em empilhadeiras antigas e sem a manutenção adequada, a produção de CO pode chegar a incríveis 5-10% de seu escapamento (50.000 a 100.000 ppm)!
O assunto é tão sério que, em 2014, ocorreu um acidente na Australian Premium Dried Fruits, onde quatro pessoas sofreram intoxicação por monóxido de carbono, apresentando dores de cabeça e náuseas no ambiente de trabalho.
A alta concentração de CO foi resultado de empilhadeiras movidas a GLP operando próximas umas às outras em um ambiente fechado e só foi detectado através dos sintomas dos colaboradores.
O diretor, Mike Maynard, afirmou que esse acidente mudou a política da empresa, prestando mais atenção na emissão de gases por empilhadeiras e optando por equipamentos elétricos.
De modo a evitar que acidentes semelhantes ao citado acima ocorram no Brasil, a NR-11 define que “nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis.”.
Empilhadeiras elétricas e o hidrogênio
A emissão de gases por empilhadeiras também é uma preocupação no caso das elétricas, porém esse perigo existe devido à sua bateria.
As baterias produzem hidrogênio durante seu processo natural de carregamento.
Quando a bateria de uma empilhadeira é conectada a um carregador ativo, a corrente elétrica passa para as células da bateria.
Esse fluxo de energia reverte as reações químicas do processo de descarga.
O sulfato de chumbo se separa em ácido sulfúrico, óxido de chumbo e chumbo puro, e os compostos metálicos se acumulam naturalmente em suas placas de origem.
Todas essas reações químicas têm uma consequência não intencional na água presente no eletrólito. Acima de uma certa tensão, a água começa a se decompor em seus componentes: oxigênio e hidrogênio.
O típico carregador de bateria de empilhadeira com ácido-chumbo leva a água ao seu limite de decomposição depois que as células atingem uma carga de 80%. É por isso que o gás aumenta no final do processo de carregamento.
Quando a quantidade suficiente de hidrogênio é isolada, ela forma bolhas que flutuam para o topo do eletrólito e saem pelas aberturas da bateria.
Dessa forma, toda bateria de empilhadeira de ácido-chumbo libera hidrogênio e oxigênio, faz parte da operação normal desta tecnologia.
Mesmo quando as baterias não estão em uso, a evaporação natural e a autodescarga liberam uma pequena quantidade de gás hidrogênio.
Vale ressaltar que a emissão de gases aumenta drasticamente sob certas condições anormais, como temperaturas mais altas ou tensão excessiva.
Como se prevenir desses riscos?
Como foi apresentado acima, tanto as empilhadeiras elétricas quanto as de combustão apresentam riscos para os trabalhadores.
O monóxido de carbono é um gás tóxico que pode levar à morte e possui um limite de tolerância 39 ppm para jornadas de até 48h/semana, definido no anexo XI da NR 15.
O principal sintoma de intoxicação leve por monóxido de carbono é a dor de cabeça.
Já a exposição prolongada, mesmo a baixas concentrações de CO, pode causar alterações em muitas condições neurológicas, como:
- esquecimento,
- mudança de humor,
- depressão
- problemas para se concentrar e tomar decisões lógicas.
O hidrogênio, por sua vez, é um gás inflamável e possui LIE (Limite Inferior de Explosividade), ou LEL em inglês, de 4,0% vol e é facilmente inflamado.
O H2 queima com uma chama azul pálida, quase invisível, e pode causar ferimentos graves às pessoas e danos permanentes ao equipamento.
Portanto, é de grande importância que os ambientes em que elas sejam utilizadas tenham sistemas de ventilação para diluir a concentração de hidrogênio ou monóxido de carbono.
Tanto o hidrogênio quanto o monóxido de carbono são gases inodoros e invisíveis, tornando-se imperceptíveis aos sentidos humanos e apresentando grandes perigos para os trabalhadores.
Por isso, é indispensável o uso de detectores de gases para monitorar a presença deles.
A General Instruments é uma empresa especializada em detectores de gases. Entre em contato conosco e garanta a segurança dos seus colaboradores em relação à emissão de gases por empilhadeiras!
(Imagens: divulgação)
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