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A operação em tanques é uma questão que traz muita preocupação para todas as indústrias e fábricas que contam com esse equipamento.
Para regular e diminuir esses riscos, devem ser seguidas as orientações da NBR 14973, que prevê diferentes procedimentos para controlar os perigos.
Continue lendo o nosso post, saiba quais são eles e os seus principais detalhes.
Quais são os perigos de operações em tanques?
Um compartimento cheio de óleo ou gás é um risco óbvio de incêndio nas circunstâncias propícias.
Para ocorrer uma explosão em tanques, é preciso haver a presença de três elementos: o combustível, o oxigênio e uma fonte de ignição.
Vale ressaltar que a atmosfera tem cerca de 20,9% de O₂, por isso, uma prática comum para controlar o risco de combustão é fazer a remoção do máximo de ar existente dentro desse reservatório.
Para isso, utiliza-se um gás inerte, como o dióxido de carbono ou nitrogênio.
Além dessa medida, a NBR 14973 também prevê a retirada do lastro de combustível, uma vez que o tanque deve conter o mínimo de produto possível no início dessa operação.
Dessa forma, o lastro tem que ser retirado por equipamento específico, que precisa ser compatível com a classificação de risco da área, além de estar conectado ao sistema de ligação equipotencial e aterrado.
Durante todo esse procedimento, deve-se manter o monitoramento constante da atmosfera para prevenir acidentes.
O que é a inertização?
Trata-se do processo descrito acima, de remoção do ar do reservatório para evitar a explosão em tanques.
Para fazer a inertização com nitrogênio, deve-se ter um cilindro cheio desse gás, com 9 m³ para cada 5 m³ do tanque. Também é importante que todas as conexões estejam vedadas, exceto a do respiro e da própria injeção.
Após ajustar a saída do regulador para 0,5 kgf/cm², é preciso abrir a válvula lentamente e aguardar a sua descarga.
O mesmo processo pode ser feito com carbono sólido, por meio do gelo seco. Nesses casos, a NBR 14973 recomenda o uso de 9 kg para cada 5 m³ do tanque.
O gelo seco deve ser raspado ou triturado e inserido nos bocais do reservatório, com todas as outras conexões fechadas, exceto a de respiro.
No final do processo, independentemente do escolhido, é essencial garantir que não haja concentração de oxigênio do tanque.
O que é desgaseificação?
A desgaseificação é outro processo previsto pela NBR 14973 para diminuir o risco de explosão em tanques e pode substituir a inertização.
Ela pode ser feita por ventilação ou com a utilização de água para modificar a atmosfera no interior do reservatório para valores iguais ou inferiores a 10% do LIE.
Devem ser realizadas medições de explosividade nos seguintes pontos:
- fundo,
- meio,
- parte superior,
- na descarga,
- na boca de visita.
Remoção do tanque e dos outros componentes do Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis
Outra medida prevista pela NBR 14973 é a remoção do tanque e dos outros componentes do SASC, que deve ocorrer após a desgaseificação ou inertização.
Nela, os responsáveis devem se certificar que durante o trabalho da retirada do reservatório da cava a sua explosividade seja igual ou inferior a 10% do LIE após a desgaseificação.
No caso da inertização, o nível de oxigênio deve estar em 0%.
O acesso ao seu interior deve ser feito na abertura da primeira calota, o que permite a remoção dos resíduos de forma eficiente. Deve-se, ainda, sempre seguir os critérios de segurança para entrar:
- utilizar EPIs, como luva, capacete, óculos, roupa de algodão e bota,
- não pode haver vapores de combustíveis no tanque,
- limite mínimo da concentração do oxigênio entre 19,5% e 23,5%.
Como escolher a melhor tecnologia para evitar explosões em tanques?
Tão importante quanto realizar os procedimentos de desgaseificação ou inertização, é monitorar os elementos que podem causar uma explosão em tanques através do monitoramento do oxigênio e dos gases inflamáveis com a tecnologia correta de detecção de gás. Os mais indicados são:
Sensor infravermelho
O sensor infravermelho de duplo range é essencial para essa aplicação pelas suas características únicas, como:
- detecta o gás em alta %vol, bem como %LEL, o que os sensores IR individuais não podem,
- as faixas automáticas alternam entre medição de %vol e %LEL, portanto, sempre operam com o parâmetro correto,
- não é inibido por altas concentrações de hidrocarbonetos,
- não necessita de oxigênio para operar confiavelmente,
- não é contaminado com a presença de H2S, silicones e outros compostos que danificam sensores catalíticos tradicionais.
Sensor de oxigênio
O sensor de oxigênio é indispensável para essa operação, monitorando quando:
- os níveis de oxigênio estão baixos o suficiente para ser seguro para carregar o combustível,
- a concentração de oxigênio é alta o suficiente para a equipe entrar com segurança.
Uma ótima opção para fazer o monitoramento de gases e se prevenir de explosões em tanques é o Gas-Pro TK, detector com sensor com range duplo IR e bomba incorporada com capacidade de 30m de amostragem. Entre em contato conosco para saber mais e adquirir o seu!
(Imagens: divulgação)
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